''Pelo Fim da Tarde"- João Miguel Fernandes Jorge
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância
Foi velada: obscura teia da poesia e da loucura.
A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito
Tempo-Nada na página
Depois, transgressor metalescente de percursos
Colocou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra
Poupem-me os desperdícios de explicar o ato de brincar.
A dádiva de antes (a obra) excedeu-se no luxo.
O Caderno Rosa é apenas resíduo de um “Potlatch”.
E hoje, repetindo Bataille:
“Sinto-me livre para fracassar”.
Hilda Hilst, na quarta capa de Amavisse, 1989
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